quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Os absurdos do Senado brasileiro



Pode-se dizer que o Senado Federal está vivendo o que os especialistas em política chamam de "Demo", de "Demoniocracia", um termo que define a onda de denuncias que assolam o Senado Federal há aproximadamente quatro meses e vem sendo a pauta central das discussões no Senado.

O presidente da casa, José Sarney, tem se defendido de todas formas dos vários escândalos contra ele, dizendo que a crise do Senado não é culpa dele e sim do próprio Senado, se referindo às denúncias de edição de mais de 1000 votos secretos no próprio Senado, além de outros atos chamados de Ator Secretos, os quais, ele mesmo afirma desconhecer. Alguns destes votos secretos beneficiariam os seus próprios parentes. Contudo, Sarney ainda se acha injustiçado, por não levarem em conta o seu passado e ao criticá-lo pela contratação de parentes, o que para ele, é algo natural e praticado por outros senadores. "Acho que não posso ser julgado, e uma injustiça o país julgar um homem como eu", reclama, Sarney.

Mas nem todos estão de acordo com o que o presidente do Senado acredita ser normal, e, contradizendo a opinião de José Sarney, o aluno do 8º período de jornalismo da Faculdade Estácio de Sá, Wagner Fernandes, acredita que a crise é apenas a ponta do Iceberg, pois coisas piores estão enraizadas na cultura política do Senado, e não vê solução, a não ser que se faça uma reforma política além da conscientização do povo. "Sem dúvidas, é preciso reformular as práticas políticas nesse país, e acompanhando esse processo revolucionário dentro da política, a conscientização do povo , sobretudo sendo estes os maiores responsáveis pelos maus políticos, umas vez que detém nas mãos o maior ato de cidadania, o voto.", explica o estudante.
Para a aluna de jornalismo, também do 8º período da mesma faculdade, Fabiana Isadora da Silva, o que está acontecendo no Senado é uma vergonha para o povo brasileiro. Não somente pela falta de transparência que está havendo entre os acusados e os acusadores, mas por mostrar mais uma vez a nossa 'grande política'. "Assim percebo que é preocupante votar neste país, pois infelizmente não lidamos com pessoas honestas, lidamos com pessoas que só preocupam com seu bem estar e dos seus familiares, além disso, enquanto estamos passando por crises financeiras, pessoas estão morrendo por uma doença ainda desconhecida e o seu 'vizinho' morrendo de fome porque o governo nao ajuda, pois no momento para ele nao é momento, pessoas que nos representa rouba o nosso dinheiro e monta um palco para assistirmos a palhaçada, é demais", desafabafa a aluna.
E continua: "O que deve ser feito é desmontar o circo pois já acabou a temporada", ironiza. Mas para ela o mais difícil é transpor as barreiras que os parlamentares constroem ao longo da vida política e declara: "o Brasil é um país de todos, sempre cabe mais um", até para os 'Sarneys', concluiu.
Veja mais:

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Um olhar crítico sob os filmes da mostra


Nos dias 8, 9 e 10 deste mês aconteceu na faculdade Estácio BH a 4ª mostra de cinema , os filmes exibidos para o turno da noite tiveram como destaque:
Segunda – Feira dia 08 - O romance “São Bernardo”, do escritor alagoano Graciliano Ramos, onde o personagem principal do romance é Paulo Honório. Homem rude-Isso porque “São Bernardo” constrói-se em duplo plano. O primeiro é a tomada da propriedade São Bernardo por seu principal personagem; depois, o casamento de Paulo Honório com Madalena. Em comum, todos são, em relação a ele, objetos. Não importa se Madalena seja uma pessoa. Não importa o passado da fazenda São Bernardo – aos seus olhos, ambas são suas propriedades.
Num primeiro momento, a posse da propriedade; num segundo, a posse da futura esposa. Sem maiores considerações, pouco importa sua vontade quanto ao casamento. O que confere autenticidade ao discurso e o tom imperativo que apenas é retrucado pelas submissas respostas de Madalena.
E conforme o romance avança, as diferenças entre ele e sua esposa serão cada vez mais acentuadas. Se pela perspectiva de Paulo Honório existe a vontade flagrante de “corrigir” aquilo que foge ao seu poder de dominação e anulação, Madalena age na trama de maneira justamente inversa. Ele é bruto; ela é compreensiva. Ele agride os empregados por motivos mesquinhos; ela compreende a injustiça de tais agressões.
E isso incomoda e perturba o espírito de Paulo Honório. Como ele mesmo diz, passa por essas atitudes a sentir ciúmes da própria esposa. A razão para tanto é que Madalena não se submete à sua vontade, que é, em último caso, transformá-la em coisa, objeto manipulável. E Madalena resiste e não demonstra interesse em ceder.
Madalena, ao não se sujeitar, gera ciúmes em Paulo Honório, justamente por não se considerar propriedade – e a idéia de ciúmes passa pela idéia de força, pois ela é capaz de fugir da sua imposição de superioridade do marido. E isso é, para ele, uma afronta. Dessa forma, “São Bernardo” unifica-se em todos os seus níveis pela existência do direito de propriedade, o que é, para Graciliano Ramos, o direito de mando.
Madalena tenta, mas são forças que transcendem sua vontade. Morre e com a morte da esposa, Paulo Honório parece perceber a dimensão da própria loucura. A impotência toma conta do seu corpo. Ele não anda por entre os cômodos da fazenda – suas pernas carregam-no. Apenas o relógio na parede corre à revelia, e o tempo parece soterrá-lo.

Já na Terça dia 09 – foi a vez do filme Quantum Off Salace, Finalmente a franquia 007 voltou a ser de filmes legais, muita ação, carros destruídos, vilões plausíveis, tiros e o Bond além de não falar o bordão ( "Meu nome é Bond... " ) ainda fica com o cabelo despenteado e com a cara cheia de cicatrizes o tempo todo.
Diversão garantida. E e claro que o exagero hollywoodiano não poderia faltar .OO7 é traído por Vesper, a mulher que amou, ele luta contra o impulso de tornar pessoal sua última missão. Em sua determinação de descobrir verdade, Bond e M interrogam Mr. Withe que revela que a organização que chantageou Vesper é muito mais complexa e perigosa do que seria possivel imaginar. Informações forences vinculam um traidor do Mi6 a uma conta bancária no Haiti, onde um erro de identidade apresenta a Bond a bela e agressiva Camille, uma mulher que já possui sua vendeta particular. Camille leva Bond diretamente a Dominic Greene, um empresário cruel e importante peça da misteriosa organização.



E na quarta, último dia do evento, a exibição contou com o filme "Romance".. Os elementos amor, paixão, traição e sofrimento, presentes o tempo todo no filme, não são apenas comuns nas novelas do cotidiano mas também na literatura mundial de todos os tempos. E mesmo que muitos nunca tenham ouvido falar em “Tristão e Isolda”, a tragédia não soa pesada nas mãos de Guel Arraes, que desenvolveu o roteiro com Jorge Furtado.
Os protagonistas são artistas de visões diferentes: Pedro é cria de teatro, e é nele que se sente em casa, em São Paulo. Ana se curva aos encantos da popularidade que a produção de uma novela, no Rio, lhe dá enquanto dá vida a sua Isolda numa montagem de Pedro. Cidades e visões diferentes de futuro se misturam a ciúme, insegurança… e este é apenas o início da história. Eu receava pelo final, mas foi resolvido da melhor forma.
Numa fase em que a grande maioria dos (ótimos) filmes brasileiros é densa, “Romance” tem uma leveza que para alguns pode até parecer incompatível com a tragédia literária que guia o roteiro – e que salva o filme de se tornar hermético para o grande público: não há dificuldades de entendimento e a empatia é imediata. O elenco é um grande acerto: a ótima Letícia Sabatela mostra-se mais ousada, José Wilker está no tom certo, e Vladimir Brichta mostra grande talento sem cair na armadilha da caricatura e sem perder a graça.
Três destaques abrilhantam o longa. Brilham Andréa Beltrão – voando alto e bem longe de seus personagens mais recentes da TV – e o grande Marco Nanini, em participação pequena mas arrebatadora. Mas é Wagner Moura que merece todos os louros: está soberbo em um difícil papel onde Tristão é apenas um dos múltiplos personagens em que o artista ao mesmo tempo se afoga e se salva. Mais uma vez, o espectador que não tem o costume de ir ao cinema – e que somente viu “Paraíso Tropical” (na TV) ou “Tropa de Elite” (no boom da polêmica e da pirataria) – vai se surpreender com a versatilidade e o talento transbordante deste grande ator. Recomendo!



Veja imagens dos filmes:


domingo, 7 de junho de 2009

4ª Mostra de Cinema Comentado da Estácio-BH





















Você gosta de cinema?

Se sua resposta for Sim, então preste atenção na dica de uma ótima oportunidade para degustar filmes de qualidade e ainda ouvir comentários de vários críticos feitos por profissionais mais gabaritados do Brasil.
O primeiro dia, segunda-feira pela manhã, dia 08/06, será exibido o filme “O Prisioneiro da Grade de Ferro”, do diretor Paulo Sacramento, e à noite, às 19h, a exibição do filme  “São Bernardo”, de Leon Hirszman.O filme se passa no interior de Alagoas, o filho de camponeses Paulo Honório, é um mascate que perambula pelo sertão a negociar com redes, gado, imagens, rosários e miudezas. Cria uma obsessão, arrancar a fazenda São Bernardo das mãos de seu inepto dono, o endividado Luiz Padilha, transformando este em seu empregado. Alcançando finalmente seu objetivo e, com muita astúcia e violência, Paulo Honório faz a fazenda prosperar e torna-se temido pelos empregados e fazendeiros vizinhos. Nesse momento, ele sente que precisa constituir família e vê essa possibilidade na professora esquerdista Madalena, a quem convida para visitar a fazenda. Casam-se, mas o humanismo e sensibilidade da professora se chocam com a rudeza de Paulo Honório, ficando no ar a suspeita de que ela o trai, física e politicamente. Daí por diante, Paulo Honório passa a viver dentro de um clima de ciúme motivado por sua imaginação possessiva. Um dia, descobre uma folha de papel na qual reconhece a letra de Madalena. Pensa que é parte de uma carta para um amante. Discutem e Madalena suicida-se. Honório é então um homem arrasado, torturado pelas dúvidas, solitário. No fim da vida, escreve suas memórias.

O evento acontecerá na Estácio BH, no auditório JK, e já está na sua 4ª edição e contará com a presença de profissionais da área de cinema. Você não vai perder um evente assim vai?

Confira abaixo a programação com datas, horários e os nomes dos profissionais que irão comentar sobre os filmes:

Segunda – 8 de junho

8h – “O Prisioneiro da Grade de Ferro” (2004), de Paulo Sacramento. Comentado por Carlos Henrique Santiago, jornalista, ex-presidente do Centro de Estudos Cinematográficos (CEC) e crítico de cinema.

19h – “São Bernardo” (1972), de Leon Hirszman. Comentado por Marcelo Miranda, jornalista e crítico de cinema dos jornais “O Tempo” e “Pampulha”.

Terça – 9 de junho
8h30 – “Eu, Você e Todos Nós” (2006), de Miranda July. Comentado por Clarisse Alvarenga, jornalista e mestre em Multimeios pela Unicamp. É pesquisadora e realizadora no campo Audiovisual

19h – “Quantum of Solace” (2008), de Marc Foster. Comentado por José Ricardo, crítico de cinema e mestrando em Cinema pela UFMG
Quarta – 10 de junho

8h – Cinema Paradiso (1988), de Giuseppe Tornatore. Comentado por Marcelo La Carreta, bacharel e mestre em Cinema pela UFMG, professor de Técnicas Audiovisuais, cineasta, animador e videocompositor.

19h – “Romance” (2008), de Guel Arraes. Comentado por Ivete Walty, professora da Faculdade de Letras da UFMG e doutora em Literatura Comparada pela USP.

Vale lembrar que, antes da exibição dos filmes, os alunos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, apresentarão ao público trabalhos produzidos por eles nos laboratórios da Faculdade Estácio de Sá BH.

Não percam!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

J quest, a banda mineira de maior sucesso no país









Ouça sobre a banda:


luciano - luciano





No início dos anos 90, mais precisamente 1993, o rock brasil começava a ferver novamente. Depois de alguns anos de um certo vazio ou de ressaca para a música pop no Brasil, bandas como os Raimundos, Planet Hemp e Skank começavam a ganhar destaque nacionalmente.

Enquanto isso, em Belo Horizonte, o momento era propício .Bandas de todos os tipos, tocando em todos os lugares. Festas universitárias, galpões alternativos, é deste mix musical que surgiu o Jota Quest. Os primeiros ensaios contavam com Paulinho Fonseca na bateria, PJ no baixo e Marco Túlio Lara na guitarra, depois intregrou-se ao grupo Marcio Buzelin no teclado e por último Rogério Flausino o atual vocalista da banda.

A banda se encontrou o estilo numa mistura sonora entre black music ao rock e ao pop. Essa mistura tornou-se então o grande diferencial de sua música e mergulhados nesse ambiente quente da capital mineira, ao longo dos anos de 94 e 95.O “J.Quest” constrói repertório e sonoridade próprias e, no segundo semestre de 95, registram suas canções em seu primeiro álbum independente o “J.Quest”. O CD tornou-se o passaporte para que após assinar contrato com a Sony Music, os mineiros embarcassem para São Paulo para a gravação de seu primeiro CD por uma grande gravadora.

Já em 1996, o grupo traz o que a banda havia acumulado na bagagem ao longo de seus primeiros anos de estrada. A participacão de Toni Tornado, ícone da black Brasil nos anos 70, foi uma grande contribuição. A partir dai, pela primeira vez, a banda rodaria o país de ponta a ponta, promovendo o seu primeiro álbum e conquistando milhares de fãns. A vocação para estrada era evidente e a popularidade aumentava a cada dia. Nas apresentações ao vivo, o grupo sempre se mostrou contagiante e vigoroso, uma das qualidades aprovadas pelo público.

A partir do segundo CD - De Volta ao De Volta ao Planeta – de 1998, o grupo Jota Quest apresentava uma sonoridade mais diversa. Canções, rocks e o pop aliaram-se ao groove do primeiro álbum e, ao final de dois anos de turnê, o CD atinge a marca de 800 mil copias vendidas. Os resultados positivos, a mistura sonora e a identidade marcante apontavam para o que viria a ser uma longa e grata carreira vitoriosa. E o resultado é o que conhecemos hoje, uma das bandas de maior sucesso no Brasil e no mundo.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

quarta-feira, 29 de abril de 2009

A febre virtual chamada Orkut


Foi no ano de 1964, que um canadense de nome Marshall Mc Luhan chamou a tecnologia e os avanços da comunicação do mundo de Aldeia Global. Por ter feito tais observações foi considerado louco, uma vez que não haveria mais fronteiras entre as pessoas. Hoje com a era eletrônica tudo e bem mais fácil, podemos citar como exemplo visível o Orkut, e ao mesmo tempo podemos dizer que o Canadense não estava tão louco assim. A comunicação no mundo atual se torna cada vez mais fácil, hoje as informações nos chega de forma rápida e ágil e ate mesmo em tempo real, possibilitando assim diversas formas de interação humana.

Hoje podemos dizer que o Orkut é um dos paraísos do relacionamentos virtuais , onde todos procuram se comunicar com outras pessoas, criar redes de contatos profissionais e ate mesmo agregar novos amigos ou
manter as amizades presenciais. Ele é considerado a rede social da Internet mais popular e a mais sucedida. No Brasil cerca de 65 % dos usuários da rede são cadastrados no Orkut e utilizam suas ferramentas para se comunicarem.

O Orkut é considerado sem fronteiras, uma vez que conseguiu transformar o cotidiano de milhões de pessoas interligas pelo mundo todo. Para muitos desses usuários existe agora um habito, uma dependência que ate o seu surgimento não existia, sendo possível e com facilidade comunicar com nossos amigos seja onde estiverem, essa e uma das características do Orkut.
Mas não para por aí. A utilidade do Orkut vai além, muitas empresas já declaram utilizar o site como ferramenta para seleção de candidatos às vagas disponíveis. Através das comunidades, por exemplo, é possível traçar um perfil adequado para determinada função.
Além dessa possibilidade, o Orkut assim como vários outros produtos da internet, trás consigo muitas armadilhas. Por muitas vezes se vê na mídia casos de perseguição, crimes de pedofilia e assassinatos, provenientes de pessoas mal intencionadas na rede, que encontram no Orkut armas necessárias para cometer os crimes.

Os psicólogos, sociólogos e polícias de todo mundo alertam: é preciso sempre ficar atento à esses relacionamentos. Para evitar problemas sérios, aconselham que os primeiros encontros reais com os conhecidos na internet sejam sempre marcados em lugares de fácil acesso e movimentados. Outra precaução é deixar alguém avisado sobre o encontro e nunca trocar informações pessoais, e que em caso de suspeita, informar à polícia.